terça-feira, 5 de março de 2013

Not Done Yet

Ninguém me disse. Alguém esqueceu de me contar sobre essa parte da história e eu não sei o que fazer agora. 
E quando o amor não é mais o suficiente? 
O celular marca 2:25, e eu não consigo dormir, rolando de um lado pro outro da cama observo as luzes da rua entrando pela janela, invadindo o quarto e mantendo-me mais alerta e acordada.. já não sei.. não faço sentido nem pra mim..
Eu não consigo parar de pensar nas tardes ensolaradas, o seu sorriso, o barulho das ondas, e aquela covinha que sorrateiramente se forma quando você sorri. Tive certeza que era amor
O que aconteceu então?
Esse amor continua o mesmo, se não maior.. E mesmo assim, não consigo achar uma maneira de nos salvar de um fim estupido, dolorido e difícil. 
Como é desistir do que mais se quis, do que mais se quer? Eu não consigo parar-de-pensar.
O pensamento continua inundado das tardes ensolaradas: de baixo de um edredom com a janela entreaberta ou sentindo a areia fazendo cócegas nos pés, a água do mar gelada, as mãos entrelaçadas, deitar no teu colo falando bobagem e imaginando o quanto ainda demoraria pra você ser meu. 
Só me faz acreditar que ainda tem esperança menino, que a gente consegue de algum jeito, de qualquer jeito. E já vi esse filme antes..
Eu sinto meu coração taquicárdico falhar cada vez que eu penso que não vou correr pro teu abraço mais, ou não olhar nos teus olhos quase verdes e sentir que são pra aqueles olhos que eu quero olhar - mais ou menos - pro resto da vida. 
Em nenhum momento eu duvidei do amor que eu sinto por você, menino.. Mas confesso, que mais de uma vez temi tanto amor não ser suficiente. Temi precisarmos de sentimentos que nos carecem.
Sinto o coração anunciar o que tenho evitado a meses.. A profunda essência de nós parece estar assim, tão perto de sumir. E dessa vez se tudo afundar, acho que irei junto. Não imagino mais um mundo sem as tardes ensolaradas que deitada no teu colo só pensava o quanto valeu toda espera, toda entrega, toda angustia.
Mas e agora? 

Se pudesse pedir algo seria justamente que nossa história não se torne só mais um "poderia ter sido.." carregado de boas lembranças e justificativas. Um ano inteiro de tentativas e erros, acertos e alívio, não pode ser simplesmente esquecido diante das dificuldades que certamente apareceram na hora errada. E honestamente, olhar pra você, pensando se seria aquela a ultima vez, tentando me ajustar num desapego completamente inexistente dentro de mim, tem doído mais e mais, e então você me abraça e eu esqueço tudo, tudo e torço que aquele meio minuto se transforme em meia vida, pra que eu tenha a oportunidade singular de realmente conhecer e pertencer a uma pessoa que mexeu comigo de um modo que ser vivo nenhum jamais imaginaria conseguir. Por essas e outras,  peço pela ultima vez menino:
Não deixe algo tão bonito ser levado com o vento.



Esse texto tem a contribuição de uma pessoa muito importante pra mim, que escreve maravilhosamente bem e sempre me inspira -de todas as formas- e eu não teria terminado sem ela. Então, muito obrigada Moni <3 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

11 coisas!

Estou muito contente em responder ao meme que a linda da Ana me indicou, assim vocês me conhecem um pouquinho mais também! hahaha vamos lá!

1) Escrever 11 coisas aleatórias sobre você.

2) Responder as 11 perguntas que a pessoa mandou e criar outras 11 perguntas para as pessoas que você vai mandar.
3) Escolher 11 pessoas para que você repasse e colocar os links dos seus respectivos blogs.
4) Avisar no blog da pessoa que você mandou.
5) Não retornar para a pessoa que te mandou.
6) Postar estas regras.

Onze coisas sobre mim:
- Eu sou extremamente indecisa.
- Sonho quase todas as noites, e eu me lembro de todos os sonhos.
- Me deixar feliz é tão simples que chega a ser ridículo: sou apaixonada por surpresas.
- Sou uma devoradora de livros.
- Digo que odeio entrelinhas, mas na verdade, não sei o que seria de mim sem elas.
- Escrever é a unica forma que eu sei de me expressar de verdade, e as pessoas que valorizam isso em mim, me ganham pra sempre.
- Enfrentei um E.D e me sinto praticamente uma sobrevivente.
- Sou muito, muito, muito curiosa.
- Ontem foi meu aniversário
- Sempre coloco expectativas nas pessoas erradas.
- Sou viciada em séries.

As onze perguntas da Ana:

1) Qual é seu maior sonho?
Conhecer Paris.
2) Até onde você iria por seu sonho?
Eu não sei, mas acho que sempre dá pra ir mais longe do que a gente imagina.
3) Qual seu livro preferido?
Não consigo pensar em apenas um. Os melhores então: Lolita, Os 13 Porquês, Antes que eu vá, A Arte de Correr na Chuva, Criança 44, A Menina que Roubava Livros, Só as Mães são Felizes, Living Dead Girl.
4) O que mais gosta de cozinhar?
Macarrão á Carbonara *-* 
5) Qual é seu estilo musical?
Depende do meu humor.
6) Que religião você segue?
Espiritismo 
7) Faz coleção de algo?
Canecas (:
8) O que te inspirou a começar o blog?
Um amigo, na verdade.
9) Tem alguma razão para escrever?
É a melhor forma que eu conheço de me expressar, a unica que eu realmente consigo dizer o que eu quero, o que eu sinto e como eu enxergo a vida ao meu redor.
10) O que te faz querer gritar?
Não saber o que fazer (o que é praticamente, o tempo todo).
11) O que queria ser quando era criança?
Princesa hahaha

Sintam-se livres para fazer o meme e responder as mesmas perguntas que eu respondi :))


segunda-feira, 30 de julho de 2012

not like the movies

É o seguinte: não vou gastar mais do seu tempo - ou do meu, de qualquer forma - e vou fazer isso de forma rápida e transparente.. Olha, no fundo eu sou de mentira, exatamente como você. Mas me apaixonei, de verdade. Me apaixonei de verdade pela mentira que você é. Eu acho que fui intensa demais, quis demais, eu precisei demais. E você ao notar, me castigou com estúpido desapego. Mas não é sobre isso que eu estou escrevendo.. e sim pra te dizer que acabou. Por mais que meu corpo diga sim, da minha boca só sairá não. Porque ontem eu desisti de você, tudo que fomos, tudo que éramos, e tudo que - provavelmente não - viríamos a ser. Não me interessa querer alguém que não me queira também. Investir esperanças e não tê-las de volta cansa. É exaustivo e dói. 
Eu tentei, mas os argumentos acabaram e eu não vou mais lutar pra te convencer que poderia dar certo. Porque eu entendi. Não pode dar certo. E pode falar, eu te avisei e tudo mais.. eu não me importo. Eu vou seguir em frente querendo olhar pra trás, esperando que você não me deixe ir, que você queira que eu fique. Mas isso não vai acontecer e nós dois sabemos.
Eu não estou em posição de te pedir nada ou algo assim, mas se qualquer dia desses a gente se encontrar sem querer na fila do banco, no cinema ou no meio da rua.. somente olhe pra mim e sorria, e então eu vou saber que você ainda lembra de tudo. Mas sei também que dado algum momento, conforme o tempo passar, você vai perceber que perdeu um amor por aposta, uma boa companhia por orgulho e intimidade por medo.. beijou bocas sem ouvir o que elas queriam lhe dizer, tocou seios sem pensar que havia um coração por trás deles.
Perdeu tempo. O meu e o seu.

sábado, 23 de junho de 2012

let it be

Eu sei que não tá fácil pra você menino, mas pra mim também não tá. Vem cá.. me abraça e não solta. Tem tanta coisa que eu preciso te falar, mas as palavras ficam presas na garganta, me sufocam, me cortam, me dominam. Vem cá.. coloca esses teus olhos quase verdes em mim e presta atenção nas verdades que eu vou te falar. A vida não tá fácil pra ninguém, mas você faz a minha melhor. Por um segundo, você me dá esperança e eu talvez até enxergue a tal luz no fim do túnel. Só que eu tô cansada desse seu meio termo menino.. ou volta ou vai embora, e eu desaprendi a ler tuas entrelinhas.. tudo bem, deixa o mistério envolver, mas esclareça: pra-mim-só-pra-mim. Vem cá.. me fala qualquer coisa e me faz esquecer do resto do mundo. Eu sei que tá tudo complicado, que o fim tá perto, mas deve ter alguma coisa que a gente pode fazer.. sempre tem. Ninguém imaginou esse desfecho, ninguém pensou nas consequências de se apegar uma coisa que já começou com data pra acabar. Não quero ouvir as mesmas coisas de sempre. Por favor.. não deixe algo tão bonito ser levado com o vento.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

not yet.

A verdade a destrói, e a culpa o corrói.
O vizinho com certeza se pergunta qual dos dois fala mais alto, ou qual dos dois tem menos razão; Já nem importa mais.. Eu me pergunto se as coisas aqui ainda tem conserto. Ele diz que não. Mas, devo ressaltar, ele diz que EU não tenho conserto, mas eu digo que não se conserta o que não está quebrado. Eu não estou quebrada.. ainda. Nós estamos, num tanto de cacos onde já não há mais como colar. E a culpa? Ahh, a culpa não é de ningu.. mentira! A culpa é sua, a culpa é minha.. a culpa é dela, e dele. Cada um tem sua parcela, uns mais.. e isso nem importa. Mais. Isso nem importa mais.
Eu queria voltar e arrumar toda essa confusão, fechar os olhos e voltar para a época em que havia amor. Hoje, eu não sei mais o que há.
A verdade é que a tua culpa te corrói e me destrói. 



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ilusões

E ali estava ele mais uma vez, saiu de casa atrasado, atravessou as ruas movimentadas de são paulo, enfrentou trânsito.. e ela estava parada no mesmo lugar, esperando. Um pouco diferente desde o ultimo encontro.. cabelos mais longos, um pouco mais magra talvez, mas de certa forma, nada tinha mudado..
Ela o cumprimentou silênciosamente, e entrou no carro.
Conversaram trivialidades, ela parecia distante.. quase chateada.
O percurso pareceu mais longo, talvez pelo estranho silêncio ou pelo trânsito. E por quase um segundo ele achou que essa seria de fato a ultima vez. Mas nunca é. E aí, ela quebrou o gelo e disse uma frase meio sem sentido, ou talvez com sentido demais. E ele percebeu que tudo ainda estava igual...

Enquanto procurava sua roupa que estava jogada em algum canto daquele quarto bagunçado, passou pela cabeça dela dizer que isso não aconteceria mais. E ela queria. Mas algo sempre a impedia.
Ela quis entender o que acontecia.. o porque de duas pessoas tão diferentes, se tornarem nada mais que um entre quatro paredes. Ali dentro, eles eram tudo: amigos, amantes, cúmplices. Fora dali.. bom, eles não mais se pertenciam, eram perfeitos desconhecidos.
Ele sabia o quanto aquilo era errado. E até mesmo incomum. Olhou para ela revirando o quarto procurando por sua blusa, já quase desistindo. Já tinha tentando sair desse ciclo vicioso uma centena de vezes e por algum motivo, não conseguiu.

Mas já não era hora de pensar nisso.. era hora de ir embora. Ela entrou no carro e ele já estava esperando seus movimentos, ele já havia decorado: fechar a porta, colocar a bolsa no colo, prender o cinto, e olhar pra ele, fixamente. E foi exatamente isso o que ela fez.
O percurso de volta também foi exatamente como sempre.. exceto por uma pergunta um tanto curiosa..
- você faz ideia do que acontece entre a gente?
e uma resposta mais curiosa ainda.
- não, e nem preciso saber.


E então ele a deixou no mesmo lugar em que a tinha pego algumas horas antes. Com a certeza de que a veria de novo, e de novo e de novo.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O que te encanta

Ela vai te machucar. Você vai se apaixonar e ela te fará sofrer. Só por diversão..

Não foi o sorriso brilhante, ou a maquiagem perfeita.. nem o fato dela parecer impecável, mesmo vestindo somente a sua camisa, que te encantou. Foi outra coisa..

Não é o olhar perigoso que ela tem, nem os olhares perigosos que ela lança, e também não é o jeito despreocupado de lidar com tudo.. não é o perfume doce, nem a inteligência afiada, não é a voz delicada e decidida. 

Não são os lugares que ela frequenta, nem a careta que faz ao beber tequila, não são os beijos que ela te dá e nem os olhares que recebe de todos. Não é porque ela faz o que quer quando bem entende, e nem porque fala o que tá com vontade de dizer.

Não é o fato dela ter todo mundo na palma da mão, nem porque quando está com ela você sente que é capaz de qualquer coisa.. O que te leva de volta pra ela sempre.. é outra coisa.  

Não foi o jeito que ela mexe no cabelo que te hipnotizou, nem as unhas pintadas cada dia de uma cor diferente.. não foi o jeito provocante de dançar ou o fato dela não ligar pra nada. 

Simplesmente não. 

O que te encanta, não é o fato dela ser sua. Muito pelo contrário, ela não é sua cara, ela não é de ninguém. Aquela menina não é, e nunca foi de ninguém. Absolutamente ninguém.

domingo, 27 de novembro de 2011

time stands still

Minha cabeça dói, meu corpo também. O calor que me invade não é devido ao tempo quente, as mangas compridas ou o quarto abafado. Não sei de onde vem, nem porque. Só sinto. Como todos os outros sentimentos que ando tendo. Só sinto. Não quero mais as conversas de antes, os erros de antes. Quero sentir.


Sentir que nem tudo está perdido, mesmo que a certeza de que está, se faça presente a cada respiração. Sentir que ainda há esperança escondida numa rua escura e fétida num canto da minha mente, ou em alguma poça suja daquele coração que alego não ter. Preciso sentir algo além desse insuportável medo que me faz sentir o tempo simplesmente parar. Tudo ao meu redor congela. E eu não sei mais, nunca soube. Me perco em dor, pensamentos e confusão. Lágrimas avançam e eu não sei como reverter a situação em que me coloquei. Tentarei acreditar em minha própria mentira até que se faça verdade: vai passar.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Drowning

O lugar era perfeito, de uma estranha forma. Desde que pus os pés lá. Há tantos invernos atrás.. Eu finalmente, eu estava voltando.
 Certamente, eu logo visitaria a morte, então achei justo para todas as partes que fizeram tão mal, mas me fizeram tão viva, em julhos tristes e agostos cinzentos que eu não mais adiasse essa última visita.
 Assim que cheguei, fui recebida da mesma forma, como todos os anos... clichê barato. 
 Os pensamentos antigos, tranquei.
 As tristezas de sempre, matei.
 E as saudades de um amor que nunca existiu... Bom, essas me acompanham sempre.
 Mas, foi só ver você que tudo voltou, as lembranças utópicas, o sentimento de perda, mesmo tantos anos depois.
 E então.. corri. E ai, pulei..
 Corri de você, do medo e das lembranças. Somente parei quando senti a água gelada penetrando meu corpo e enchendo meus pulmões. E o ar faltou... e então veio a escuridão, somente a inefável escuridão.