terça-feira, 31 de maio de 2011

point of view



 Cheguei perguntando sobre a amiga dela, Carol. Não a conhecia, e nem fazia a menor idéia se ela tinha alguma amiga chamada Carol. Porém, já passava da meia noite, e depois de duas tequilas, pareceu muito bom mesmo. Tinha um amigo comigo, e na verdade, ele que queria ficar com ela. Porque ela estava linda. Mesmo. Eu tentei ajudar ele, juro, mas não deu. A gente ficou. A música estava alta, e o perfume dela era doce. Uma amiga dela ficava chamando, e chamando sem parar. Ela não queria ir embora, eu sabia. Mas ela precisava. Anotei meu msn no celular dela. Continuei na festa por mais algumas horas, meu amigo não estava bravo comigo, mas também não ficou contente. Não contei meu verdadeiro nome. Porque? Ah, isso já é outra história.. O ano era 2008, nós conversamos mais algumas vezes, e confesso, achei ela meio doida depois. Sei-lá-né. Paramos de nos falar. E então veio 2009. Em agosto vi ela novamente. Ela estava indo viajar, apareceu na rua só pra me ver. Fazia um frio danado, e ela usava botas e meia calça, e um sobretudo. Eu a beijei. E então sumi por um tempo, nos vimos de novo em novembro. Eu chamei ela pra sentar e conversar comigo por algumas horas, ela foi. Eu não sabia que ela gostava de mim. Nunca fui muito bom em ler entrelinhas, e cara, que garota irônica. Ela cansou, nós brigamos, uma, duas, incontáveis vezes. E de repente, era 2010. Estava com a minha namorada no cinema, encontrei ela com uma amiga. Precisei ir falar com ela, não resisti. Achei que ela ficaria feliz que eu fosse, mesmo com minha namorada grudada em mim, falar com ela. Pelo contrário. Ela ficou brava, triste. Sei-lá-né. Paramos de nós falar, de novo. Até tentei falar com ela, mas ela brigou comigo. Não entendi porque pra falar a verdade, só sei que eu queria falar que estava gostando dela. Mas já que aqui eu posso ser sincero, vou dizer, gostava da minha namorada também. Ué o que tem de errado nisso? gostava das duas e ponto final. E ela vem ser ignorante comigo? Adivinha. Brigamos. Paramos de nos falar. Isso não me cansava, mas estava cansando ela. Quando eu menos esperava, já era 2011. Ficamos um ano sem se ver, 10 meses sem conversar. E a primeira conversa que tivemos esse ano foi, no mínimo, esclarecedora. Ela gostava de mim, rapaz, acredita? E eu gostava dela também. Não é um porre isso? Nenhum dos dois sabia. Fiquei chateado. Ela também. Ficou me dizendo que eu sumia, não respondia as mensagens dela, mais eu não tinha explicação pra isso. Chamei ela pra vir aqui em casa, tinha uns amigos nossos também. Ela veio. Num sábado que estava muito calor. Ela colocou uma saia florida azul e o cabelo dela estava muito comprido. Ela não estava mais loira. Gostei demais de poder conversar e passar o dia todo junto. Pedi pra ela ficar até de noite, e ela ficou. Discutimos uma vez. É impossível a gente não discutir. Tentei beijar ela, uma duas, três vezes. Conversamos muito depois desse dia, por telefone, mensagem, internet. Prometi não sumir. Ela também.
Sumi. Tive meus motivos. E ela se revoltou de vez, recebi uma mensagem enorme, e irada da parte dela. Fiquei puto. Mas queria muito falar pra ela: Tem tanta coisa que você não sabe sobre mim, e você precisaria saber de todas elas pra entender os meus sumiços, todas as vezes que fugi de ti, retornei por um tempo e voltei fugir. Você não iria me compreender, sinto muito, mesmo. Se um dia nos encontrarmos novamente, em paz, prometo que te conto tudo. Mas sei que tu não vai acreditar, porque já quebrei promessas antes. 
E tudo isso não te importa mais.

Nenhum comentário: