sexta-feira, 8 de abril de 2011

take me home.




A lua está linda hoje, não teve como não reparar em todo brilho que a envolvia, afinal, depois de tantas noites cobertas por um véu de neblina, tão denso como a morte, foi um alívio poder vê-la. Talvez não seja apenas a lua, o brilho que a envolve, ou a brisa gostosa que sopra quando a menina se senta na janela para pensar na vida. Acho que são as oportunidades, é o amor que está no ar, a paz, o conflito,o talvez. Uma mistura de sentimentos que talvez só ela esteja sentindo, ela sente, ela sente. Ela só não sabe ainda o que.
Ela tem opções, das quais ela não gosta.
Pode seguir o coração, ou seguir a razão. Tem medo de não fazer o certo, de se arrepender, mas também não pode negar que a idéia a fascina e a deixa um pouco louca.
Sente saudade das coisas fáceis de entender, das coisas fáceis de sonhar.  Ela ainda sonha como uma criança, mas mantém todos os sonhos trancados debaixo de sete chaves, com medo – mais uma vez – que alguém os leve dela. Os leve para bem longe, para fora do alcance e ela nunca mais os veja.
Ela só quer um lugar seguro, realmente seguro, que ela chamasse de casa, e pessoas que confiasse tão plenamente que daria sua vida quantas vezes fosse preciso para tê-las bem, no afeto que suas asas transpõem.
Ela quer alguém que diga que no final, ainda vai dar tudo certo, e que ela de fato acredite, sem cair no clichê chato de sempre, sempre, sempre. Que no final ela vai ser feliz, pra sempre, sempre, e sempre.
Ela não quer por um capricho, ela precisa. Não que ela perca tempo procurando, mendigando amor.
Ela espera, com paciência e cuidado, ela é assim, não tem culpa, é algo que nasceu com ela e morrerá com ela. E os que não entendem: que vão para o raio que os parta. A vida tem planos malucos para ela, ela nem imagina, mais tem. E um dia, quando ela menos esperar, a felicidade vai bater na sua porta, e invadindo seu lar vai declarar: “Eu vim para ficar” e as duas vão simplesmente sorrir. Como a lua sorri hoje, com mil oportunidades a fazer ela enxergar da janela de ser quarto.


*achei perdido num caderno da sétima, ou oitava série.
Sinceramente, não faço idéia de quando eu escrevi isso. Ou porque. Ou pra quem.

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